Esta noite tive um sonho, um sonho que me fez pensar nas palavras, as palavras de Amor, de Ódio, as que dizemos, as que pensamos, as palavras.
Posso dar exemplos dessas palavras: “Eu”, “Amo-te”, “Eternamente”, engraçado não é? Quase que parece uma só frase, mas não é! São palavras!, cada uma com o seu significado, mas que o cérebro humano aprendeu a juntar e a interpretar sob a forma de frases na maior parte das vezes da forma que mais lhe convém.
“Eu”, uma palavra tão pequena mas também uma das que mais se usa ao longo do dia, “Eu vou”, “Eu acho”, “Eu quero”, “Eu tenho”, e por ai fora.
“Amo-te”, uma palavra simples e tão carregada de emoção, capaz de nos alegrar, fazer sorrir assim como também nos ajuda a prosseguir nesta vida, mas ao mesmo tempo capaz de fazer chorar, ferir e matar, “O amor é uma lâmina de dois gumes”.
“Eternamente”, uma palavra de uso médio, e que toda a gente conhece, esta palavra é o que se pode chamar de espelho imperfeito da vida, uma vez que ninguém repito ninguém vive “Eternamente”, então se ninguém o faz porque é que toda a gente diz “amor eterno”?, “Na nossa memória eternamente”? entre outras eternas barbaridades.
Palavras não passam de palavras e mais uma vez eu escrevo, escrevo para esquecer, escrevo para não chorar por aquelas palavras proferidas que ainda hoje me cortam a alma.
E estou a escrever, a respirar e a sentir, eu continuo vivo e a escrever, meras palavras que deixam transparecer parte das emoções, em vez de mostrar ao mundo o que sinto através das minhas acções, perco o meu tempo a escrever o que não te disse.
